quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Uma bandeira a se erguer ...



O Rio Pinheiros nasce do encontro do rio Guarapiranga com o rio Grande, e deságua no rio Tietê. Ele tem cerca de 30 km de extensão e já foi conhecido como Jeribatiba ou Jurubatuba. Nos tempos coloniais, o rio Pinheiros foi chamado de Jurubatuba, que em tupi significa "lugar com muitas palmeiras jerivás". Passou a ser chamado de rio Pinheiros pelos jesuítas, em 1560, quando eles criaram um aldeamento indígena de nome Pinheiros. Foi chamado assim por causa da grande quantidade de araucárias (ou pinheiro-do-brasil) que cobriam a região. O principal caminho que dava acesso à aldeia era o Caminho de Pinheiros, que hoje é a Rua da Consolação.



Na década de 1920, estava faltando energia na região por causa da grande imigração, e resolveu-se canalizar o rio, que passou a ser chamado de Pinheiros.A partir da década de 1920, foram iniciadas as obras de retificação do rio Pinheiros. O objetivo destas obras era acabar com as inundações, canalizar as águas e direcioná-las para a Represa Billings, invertendo o sentido das águas, com a usina elevatória da Traição. Com isso, foram criadas condições para a instalação da Usina Hidrelétrica Henry Borden, em Cubatão, que recebia água do rio Tietê pelo rio Pinheiros e pela Billings, aproveitando o grande desnível da Serra do Mar, de mais de 700 metros, para gerar energia elétrica. O rio Pinheiros pode ser encaminhado no sentido mais conveniente, bastando desligar o bombeamento da usina de Traição e abrir uma barragem a jusante no rio Tietê para ele voltar a correr no curso natural. As obras de retificação, junto com a construção de vias expressas de tráfego, isolaram o rio Pinheiros do convívio com a população, antes mesmo de suas águas estarem contaminadas pela poluição. O rio Pinheiros recebe efluentes de 290 indústrias e dejetos de mais de 500 mil famílias, despejados nele a partir de vários afluentes que nele desembocam.



Existem projetos e obras de implantação de coletores-tronco e interceptores por parte da Sabesp, que coletariam o esgoto dos bairros e lindeiros ao rio, enviando-as para tratamento no município de Barueri, garantindo e prometendo a sua recuperação e a volta de alguns tipos de peixes e plantas em suas águas.



O Projeto Pomar foi iniciado em 1999 com o objetivo de recuperação ambiental e paisagística das margens do Rio Pinheiros e para valorizar a cidadania de trabalhadores desempregados.



O Projeto Pomar tem o mérito de proporcionar uma oportunidade para as empresas participarem de uma iniciativa de grande alcance social, aliando-a à preocupação com o meio ambiente.

Ao se associar o Projeto Pomar ao Programa Emergencial de Auxílio-Desemprego (Frentes de Trabalho), foi possível absorver mais de mil trabalhadores desempregados, proporcionando-lhes ocupação, renda e qualificação profissional e melhores perspectivas futuras. Além de aprenderem a prática sobre o plantio e a manutenção da vegetação, os bolsistas (universitários) freqüentam cursos e palestras sobre nutrição, saúde, prevenção de doenças e outros assuntos que contribuem para melhorar suas condições de vida e resgatar sua auto-estima.



Os trabalhos foram iniciados com um criterioso diagnóstico da área, em que se considerou a existência de várias interferências, como redes de transmissão de energia, emissários de esgoto, cabos de telecomunicações, etc. As condições ambientais estavam muito alteradas em relação à situação original. A área encontrava-se abandonada e bastante degradada. Foram realizados estudos e pesquisas sobre as condições ambientais para a escolha das espécies vegetais mais adequadas para serem plantadas ali. Com apoio de técnicos e pesquisadores das unidades do sistema de meio ambiente do estado, tem sido possível irrigar as plantas com a água tratada do Rio Pinheiros, adensar bosques e elaborar pesquisas de monitores nas atividades, que poderão fornecer parâmetros para a recuperação de áreas semelhantes.



A Secretaria do Meio Ambiente Estadual em parceria com empresas privadas, iniciou a recuperação de um trecho de aproximadamente 22 km nas duas margens do Rio Pinheiros, com o plantio de centenas de milhares de mudas arbóreas e arbustivas. Situado entre as pontes do Morumbi e João Dias denominada Trecho-Piloto, os trabalhos se estenderam de dezembro de 1999 a março de 2000, mostrando o acerto das técnicas de cultivo e de manejo adotadas.


Trata-se de um exemplo de sinergia na recuperação ambiental das margens do Rio Pinheiros, que era um dos locais mais degradados da cidade de São Paulo. Desenvolvido por meio de uma parceria envolvendo o Governo do Estado, por intermédio da Secretaria do Meio Ambiente – SMA, a iniciativa privada e a sociedade, transformou-se, hoje, num exemplo de recuperação do meio ambiente para metópoles com grande adensamento.



Agora imagina esse espaço adaptado para as bicicletas e adeptos de caminhadas.. Melhor ainda seria poder caminhar ou pedalar ao lado de um Rio Vivo...

Fontes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Pinheiros

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