sábado, 28 de maio de 2011

Cunha Paraty de bicicleta..



Um lugar que cultiva o verde mesclado com a cultura..



Localizada no Alto Paraíba, o município de Cunha ocupa 1410 km2 de colinas e montanhas aninhadas entre as serras do Quebra-Cangalha, da Bocaina e do Mar. Limita-se com Ubatuba, São Luiz do Paraitinga, Lagoinha, Guaratinguetá, Lorena, Silveiras, Areias, São José do Barreiro no estado de São Paulo, e a Paraty no estado do Rio de Janeiro.



Além da zona rural com paisagens extremamente verdes, o município de Cunha oferece dois parques na área territorial. O Parque Estadual Serra do Mar preserva importantes áreas como cedro, peroba maçaranduba, canela, ipê, grumixama, guatambu, onde se alojam as bromélias, orquídeas, samambaias, liquens e lianas. O parque é habitat natural de da capivara, anta, paca, onça, quati, jaguatirica, sagüi, bugio, gaviões e papagaios, jacu, jacutinga e araponga, entre outras espécies.



O Parque Nacional da Bocaina oferece vistas panorâmicas incríveis e cachoeiras pouco conhecidas.
As cachoeiras, algumas ainda inexploradas, são um sinal da fartura de água, que faz de Cunha uma região de mananciais. Suas terras abrigam o berço dos rios Paraitinga e Paraibuna, que formam, quilômetros adiante, o lendário rio Paraíba do Sul, que deságua no litoral fluminense.

Igreja Nossa Senhora da Penha

Esta igreja encontra-se na Estrada Paraty-Cunha guardando a entrada da trilha para a
Cachoeira do Tobogã.



O Parque Nacional da Serra da Bocaina localiza-se na divisa entre os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, na região Sudeste do Brasil.



Criado por Decreto Federal em 1971, compreende uma área aproximada de 104 mil hectares e uma expressiva biodiversidade. A sede do parque fica na cidade de São José do Barreiro, no Estado de São Paulo. É administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).



Estima-se que 60% da vegetação seja composta por mata nativa (mata atlântica), e que o restante seja mata regenerada (secundária) há mais de 30 anos. Entre as espécies da flora destacam-se os pinheiros, araucárias, cedros, embaúbas, palmitos e bromélias.
Entre a fauna do parque destacam-se felinos, preguiças, veados, macacos, cobras e aves.



O seu ponto mais elevado é o Pico do Tira o Chapéu, que alcança 2.088 metros acima do nível do mar, um dos pontos mais altos do Estado de São Paulo.



A entrada do parque marca também o início do trecho final da Trilha do Ouro, com uma extensão de aproximadamente 73 quilômetros.



Estrada construída pelos escravos entre os séculos XVII e XIX, a partir de trilhas dos índios guaianazes, o Caminho do Ouro está bastante preservado e se encontra envolto pela exuberância da Mata Atlântica do Parque Nacional da Serra da Bocaina.



Ponto de passagem obrigatório, nos séculos XVII e XVIII, o caminho ligava o Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, no chamado "Ciclo do Ouro". Paraty exercia a função de Entreposto Comercial e também por sua posição geográfica, porto escoadouro da produção de ouro de Minas para Portugal. Foi uma das mais importantes cidades portuárias do século XVIII.



Visitar o Caminho do Ouro permite conhecer, não só uma importante obra de engenharia, mas também uma ecologia deslumbrante e o povo paratiense com sua cultura, seu passado e seu presente. Cachoeiras, ateliers, alambiques, comidinha caseira..



Bela cidade colonial,considerada Patrimônio Histórico Nacional, Paraty preserva até hoje os seus inúmeros encantos naturais e arquitetônicos.



Passear pelo Centro Histórico de Paraty é entrar em outra época, onde o caminhar é vagaroso devido às pedras "pés-de-moleque" de suas ruas.



As construções de seus casarões e igrejas traduzem um estilo de época e os misteriosos símbolos maçônicos que enfeitam as suas paredes nos levam a imaginar como seria a vida no Brasil de antigamente. A proibição do tráfego de automóveis no Centro contribui para esta viagem pelo "Túnel do tempo".



A cidade foi fundada em 1667 em torno à Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, sua padroeira. Teve grande importância econômica devido aos engenhos de cana-de-açúcar (chegou a ter mais de 250), sendo considerada sinônimo de boa aguardente.

Igreja de Nossa Senhora dos Remédios

Em 1646, a piedosa senhora D. Maria Jácome de Mello doou uma área de terras para que ali fosse construída uma capela dedicada a N. Sra. dos Remédios. Foi ao redor desta capela que se formou o povoado de Paraty. Assim, surgiu de pedra e cal a primeira capela, que foi demolida em 1668 para dar lugar a uma Igreja maior, que só foi terminada em 1712.Porém, em 1787, esta Igreja já era pequena para abrigar todos os fiéis de Paraty, por isso iniciou-se a construção de uma nova Igreja maior e mais suntuosa. A 7 de setembro de 1873, a nova Igreja foi entregue ao culto público, sendo precedida a bênção por uma procissão da Igreja de Santa Rita para a Igreja de N. Sra. dos Remédios, fato que é repetido anualmente na Festa da Padroeira. Destacam-se na construção de estilo neoclássico, as torres inacabadas e o fundo da Igreja sem terminar.

Igreja de Santa Rita

Eterno cartão postal de Paraty. Em 1722, os homens pardos libertos iniciaram a construção desta Igreja em louvor ao Menino Jesus, a Santa Rita e a Santa Quitéria. Este conjunto, composto de Igreja, consistório, sacristia, cemitério e pátio ajardinado é construído de pedra e cal. Em 1952 a Secretaria do Patrimônio Histórico Nacional tombou o conjunto, e a restauração foi feita no período de 1967 a 1976. A partir de então passa a funcionar no prédio o Museu de Arte Sacra de Paraty.



O Centro Histórico de Paraty remonta aos idos de 1820, quando suas ruas já possuiam seu calçamento "pé de moleque".



As ruas foram todas traçadas do nascente para o poente e do norte para o sul. Todas as construções das moradias eram regulamentadas por lei, podendo pagar com multa ou prisão, quem desobedecesse as
determinações.



Sua ruas, protegidas por correntes que impedem a passagem dos carros, preservam ainda o encanto colonial, aliado a um variado comércio e a expressões culturais e artísticas muito intensas.



O bairro do Pontal encontra-se bem pertinho do Centro Histórico (é só atravessar a ponte)



Praia do Pontal, com seus quiosques e barquinhos e o Forte Defensor Perpétuo.



O bairro possui várias opções de hospedagem, restaurantes e quiosques à beira-mar.



Em sua área territorial encontram-se ainda o Parque Nacional da Serra da Bocaina, a Área de Proteção Ambiental do Cairuçú, onde está a Vila da Trindade, a Reserva da Joatinga, e ainda, faz limite com o Parque Estadual da Serra do Mar. Ou seja, é Mata Atlântica por todo lado.



A próxima oportunidade que pintar, não deixe de desfrutar dessa maravilha, que até gringo quer ver..



Fotos
Alex Gomes
http://flickr.com/alexgpeixoto

2 comentários:

  1. Estive em Paraty em junho de 2014 e atravessei a Estrada Real até Cunha.
    Faltam poucos quilometros para a pavimentação estar completa. Era um antigo projeto meu fazer esta aventura, o que foi possivel agora com o carro 4x4 Mitsubischi Airtrek de minha companheira Suzete Kummer que subiu e desceu com valentia a estrada embarrada,mesmo sendo numa época de chuvas. Abraço do Luis Dal Corso.

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    1. Paraíso esse Parque Estadual, e a cidade Histórica de Paraty mais ainda.

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